Não Existência
Às vezes me pego em penitência
Com o peito carregado de carência
Mas é carência de liberdade,
Como é triste a minha sanidade.
Às vezes me vem a não existência
Trazendo pensamentos ansiosos e amores em falência
Me questiono: "por quê não fugir da realidade?"
Mas pensando bem, qual 'delas' é a verdade?
Me sinto como um triste poeta
Sem sua identidade secreta
Que se deixou levar pela insonora lembrança
E agora, de forma alguma o coração se amança.
Acho que fui-me com o vento,
E só ficou o relento
De um vazio sentimento.