INCLINADO

Na rampa a decadência

Enquanto sobe, consciência

Sacrifico a minha vida

Minimizo a indecência

Se antes o todo, no poder

Agora a quem vou recorrer?

Se antes me solidarizo

Agora só eu agonizo

Por onde estão, grandes amigos?

Ajudei tanto com inimigos

Por ora sei que vai doer

Mas sei a quem vou chamar

Buscar em mim a redenção

Com ares de ostentação

Com vários toques de crueldade

Lembrar de tudo, sagacidade

Enquanto dormem vou maquinando

Enquanto esquecem vou me lembrando

E vai doer, pode apostar

E o mal de mim hei de afastar

Com a certeza da impunidade

E com requintes de maldade

Vou ver sangrar, desfalecer

E é assim que há de ser

Mexeu com o tal cara errado

Que sabe ser dissimulado

Que sabe amar, bater, sofrer

E está em mim, nele e em você

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Victor Rosa
Enviado por Victor Rosa em 25/08/2016
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