A estrangeira

Alma estrangeira ao corpo

quer ocupar a morada,

sem raiva nem ódio contrito

à finitude do destino,

sua intenção é clara

nunca é uma visagem além

da porta de entrada

sem precipitar nenhuma saída,

se há quem saia de si

há também a alma espontânea,

maestra da sinfonia e da dança,

capaz de implodir cores

sutis no desenho de si mema

sem causar ondas de choque

em qualquer direção ambígua,

sem briga com o lugar

onde mora, casa não escolhida,

que dá lugar a alma,

alma que é também casa.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 29/01/2017
Reeditado em 14/07/2020
Código do texto: T5896738
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