A QUEBRA DE TUDO!...
Eu quero a quebra de tudo!
A quebra das trevas,
e de tudo que é muro.
Eu quero a quebra de tudo!
A quebra das febres
e de doenças que avultam no mundo.
Eu quero a quebra de tudo!
A quebra das cevas
que de servos abusam.
Eu quero a quebra de tudo!
A quebra das selvas
que ao capital dão escudos.
Eu quero a quebra de tudo!
da opressão tão longeva
que nos leva ao absurdo...
Eu quero a quebra de tudo!
a quebra da dor
que faz o amor mais raçudo,
mais classudo, mais tesudo,
e, apesar de tudo,
agudo, manteúdo...
(Luiz Carlos Flávio)