Eu ainda me sinto o mesmo

Por dentro sinto que ainda sou o mesmo,

Embora eu vejo a mudança no reflexo,

Sigo cabisbaixo a esmo

Caminhando perplexo.

Coisas tornaram-se diferentes,

A vida é uma via de mão dupla,

Tão distintos são os caminhos que moldam a gente

Até que um deles nos supra.

Sentimentos se condensam,

Ao mistério que rege toda existência,

Eles alentam

Paz e luz a consciência.

Passos nos levam adiante, é preciso distinguir a estrada,

Muitos perdem-se em um instante

A maldade espreita a caminhada

E anos a fio se mostram de forma maçante.

Todos temos algo a almejar,

Como também sonhos a concretizar,

Cabe a nós o mundo desbravar

Para libertar as correntes que nos prendem a latente escravidão.