Uma fria, eu nem sabia

Então, eu me vesti o melhor que pude

E fui ao teu encontro.

Teus amigos, meus amigos.

Uma fria, eu nem sabia,

Mas insisti para que viesse,

Só queria tua companhia.

E foi justamente o que me negaste.

Numa mesa, quatro pessoas

Dois grupos, um renegado.

Alguém, um amigo, que comigo falava

Pois comigo ninguém mais se importava.

Como se nem estivesse lá.

Então, a bela carcaça de mim se fechou

E no meu interior, fervendo

A indignação.

Contrariado, revoltado, triste.

Teu ponto, eu entendi.

Não sou bom pra ti.

Não o suficiente, nem mesmo bom

Pra conversar.

Ignoras-me e me humilha da forma que podes;

Essa é tua tentativa de, meu amor, matar?

Não se dê ao trabalho…

Se eu morresse e em tuas mãos estivesse meu sangue

Tu as lavaria como sujeira,

Esqueceria a quem esse sangue pertencia.

Um ninguém!

Muito grato por sua eficiência,

Muito grato por sua amizade… falsa.

Da boca pra fora, tuas palavras, uma ilusão.

Acho que não sabes mesmo o que é sentir.

Acho que não sabes nem o que é dor.

Então, cá estou

Vazio, sozinho… nunca me senti tão só.

Sem nada, completamente nu,

Exposto, humilhado

Remoendo raiva, que eu não gosto.

Tentando ficar bem, pois

Eu entendi, que eu valho mais

Do que você é capaz de reconhecer.

E eu não mereço ser tratado assim.

Eu não quero ser tratado assim.

Eu não vou continuar assim,

Logo vá… Leve com você o que me tirou.

Continue da forma que está

Fingindo que eu não existo, que eu não importo.

Pra mim, você já está, de qualquer forma, morto.

THR Oliveira
Enviado por THR Oliveira em 30/04/2017
Código do texto: T5985384
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