Fim da era

Alguns ares de vingança
contra a fumaça dos carros
me vem à cabeça doida
ou doída de tanto bater
no concreto dessas nuvens,
da mais pura concretude,
que são a culpa e o ódio dos homens...

Esparsos são o calor e a
inocência; não vicejam,
nem aqui nem ali, a rigor,
nem lá e nem acolá, porque
também não se pode dizer
desses cidadãos que nos
tornamos algo de bom...

Na escassez desses motivos
me contento em rememorar
antigas fotos de álbuns
velhos: as reminiscências
de incensos queimados ao
alvorecer do fim da
era dos ventos ruidosos...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 30/04/2017
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