No esmo dos mares brasileiros

Posso não lhe agradar

mas me aventurarei no mar,

nos esmo dos mares brasileiros.

Não mais florestas em imensidão,

no ritmo do batuque do terreiro,

nada mais será em vão.

Hoje, o banqueiro morreu

caminhando contra o vento,

bebeu do cálice isento

de um sentimento só seu.

Do populismo exacerbado

de uma população-nação

que abandona o quadrado

fugindo do raio de ação.

Amanhã será um novo dia

como outo qualquer,

igual ao dia de hoje que sequer

alimentamos a cria

ou fizemos a vontade.

Nos calamos presunçosos com uma igualdade.

Igualdade social,

socialismo tropical,

daqui do morro/eu posso ver(2x)

o seu apê no Leblon de frente pro mar.

Cidade litorânea, mil maravilhas no ar.

Não posso crer(2x)

Infraestrutura comercial

não é legal

quando não tem o que se vender,

pra que ter?

Falta saneamento básico,

um roteiro tão trágico

de uma canção estimada

em um esmo brasileiro,

no mar a onda propaga,

cadê o povo guerreiro?

Marquês de Verona
Enviado por Marquês de Verona em 18/05/2017
Código do texto: T6002869
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