No esmo dos mares brasileiros
Posso não lhe agradar
mas me aventurarei no mar,
nos esmo dos mares brasileiros.
Não mais florestas em imensidão,
no ritmo do batuque do terreiro,
nada mais será em vão.
Hoje, o banqueiro morreu
caminhando contra o vento,
bebeu do cálice isento
de um sentimento só seu.
Do populismo exacerbado
de uma população-nação
que abandona o quadrado
fugindo do raio de ação.
Amanhã será um novo dia
como outo qualquer,
igual ao dia de hoje que sequer
alimentamos a cria
ou fizemos a vontade.
Nos calamos presunçosos com uma igualdade.
Igualdade social,
socialismo tropical,
daqui do morro/eu posso ver(2x)
o seu apê no Leblon de frente pro mar.
Cidade litorânea, mil maravilhas no ar.
Não posso crer(2x)
Infraestrutura comercial
não é legal
quando não tem o que se vender,
pra que ter?
Falta saneamento básico,
um roteiro tão trágico
de uma canção estimada
em um esmo brasileiro,
no mar a onda propaga,
cadê o povo guerreiro?