BELEZA OCULTA
Beleza oculta.
Pigmalião a esculpir a rocha bruta.
Beleza do horror, do holocausto em dor.
Vertente do amor que se transforma em agonia na idiossincrasia das paixões humanas; muitas vezes tão levianas.
Carcaça exposta, putrefata.
Bisturí que corta a carne morta.
Natureza que agoniza em um quadro pendurado numa parede torta, mas que tanto nos conforta.
Qual a beleza nesta lâmina que te corta?
A dor que esvai ou o sangue que se estanca?
Ao perceber que podes morrer e que também sangras é que tudo é muito mais do que tua mera estampa.
Ramiro Jarbas
17.06.2017