POESIA DO ABSURDO
Neste momento ilógico meu pensamento cria asas,
corta o vento, o firmamento...
Complexa, perplexa ausência de identidade de um cego obtuso de tão confuso a buscar o caminho incerto, sinuoso, tortuoso, demais tempestuoso.
Longe de mim está a resposta que procuro desesperadamente em cada porta.
Punho cerrado, fechado a bater na madeira carcomida, improdutiva.
Visão torta de uma realidade que não nos conforta.
Dente a rasgar a carne trazendo da dor a consciência do mal e da benevolência.
Apesar de tanta ciência, continuamos a beirar quase que a total demência.
Cegos guiando cegos numa cegueira viral e sem limites.
Esquizofrênica beleza de uma rosa e seus espinhos.