Classe Clandestina - Boom Boom Boom (Prod. Bolívia)

BOOOM BOOOM BOOOM

eu escuto as explosões

é estouro da granada

ou só será nossa mente encarcerada

a pressa nos engana

que os fantasmas são de fora

e fogem com o gosto de amora

e agora?

vem o medo e acaba com você

tem um corpo no chão

a dor no coração

é o sangue de mais um irmão

perdido nas rajadas de alienação

não tinha nem um pão

a dor sufocou a sua mente

ele ficou inconsequente

e relativamente incoerente

e eu escuto de novo

BOOOM BOOOM BOOOM

e são as balas perdidas

acertam consciência bem aflitas

são jogos de valores

faltam a superação das dores

afloramos nosso ego

querendo um descarrego

quando nosso povo fica sem emprego

educação interferida

pela vivencia e a falta de comida

sobem os morros

seguem as vielas

e a maioria entretida na novela

as arvores expressam

transmitem a vida

pedindo para que os tiros cessem

a indústria bélica só arrecada

muitos assaltos a mão armada

nossa infância torturada

e as crianças muito mal interpretadas

e vem mais uma vez

BOOOM BOOOM BOOOM

dessa vez vem um soco na mente

daqueles que mexem com a gente

aquela palavra agressiva

que as vezes é meio instintiva

com um objetivo relativo

são acordos dos vivos

o cérebro bate em todas as laterais do crânio

a cabeça roda

e por momento nos esquecemos da moda

o planeta gira

corremos pro silencio

é o único que sustenta

não se tem criticas

nem ladainhas

entramos em um estado de reflexão

reverenciando o cidadão

até pensamos no perdão

viajamos na imaginação

e as lagrimas caem no chão

lutamos pela educação

sem pensar em mansões

queremos ver nossos pequenos

sem engolir esses venenos

valorizamos a natureza

que hoje esta escassa

graças ao poder e a avareza

junto com orgulho

e o murmuro

que venho a sonhar

de que esse mundo

logo menos irá acabar

e por mais uma vez

BOOOM BOOOM BOOOM

o som do tambor

que mostra o final

o termino do aval

da fauna e a flora

e o final de nós como animal

mas é algo tradicional

o mundo racional

sem criatividade

ou um tanto de relatividade

os sinos interpretam

é a hora de se recolher

descansar ou dar um adeus ao viver

não temos como prevê

o céu de nós próprio

com muitas turbulência

tentando valorizar a essência

nas sirenes de emergência

fugimos dos vícios

que nos deixam submissos

assim como as pragas

ou enigmas

das nossas drogas tragadas

que vão das roupas trajadas

até as mentes enjauladas

e quando tudo esta preste a acabar

voltaremos ao passado

vem nossas lembranças

analisando os erros

principalmente os que nos dominaram

e assim o tempo passa

como carne na brasa

sem saber o que virá

então o que fará

antes do fim

como irá aproveitar?

Classe Clandestina
Enviado por Classe Clandestina em 14/07/2017
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