Os Muros Se Levantam Durante a Noite

Não poderemos comprar

Não poderemos plantar

Não poderemos colher

Não poderemos falar ou chorar

Manipulam grosseiramente

Os cérebros doentios

Os ''intelectuais'' dementes

E doídos estão os estômagos vazios

Abram as valas aos indigentes

Zurrupiem o ouro negro

Enterrem os tais dementes

Alvejem as crianças inocentes

Jatos da mais límpida água

Desperdiçados, defronte

aos rios que seus gemidos deságua

Eles têm sede de novos horizontes

Eu choro a gota que sobrou

de um rio morto, como o mar

Eu choro sem falar do que acabou!

Choro a dor de um olhar

Grito enquanto posso esbravejar

E vem o choro do medo a ralhar

com as minhas angústias sem ar

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 22/08/2017
Reeditado em 24/08/2017
Código do texto: T6092083
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