Amarga!
Amarga!
Caem pulgas dos meus sentimentos
Carregam veneno para outrem
Caem lágrimas desiludidas
Amargo o fel de uma alma perdida.
Pulsa ressentido a dor do abandono
Numa alma oca, frustrada, insossa.
Pra além da morte continua
A árdua imatura luta,
Da tristeza maculada pela raiva
Do descaso de uma vida imputada
Um pedido obrigatório de existência
De expurgo de várias formas de vivência
Traz redenção de várias vidas em uma
Aleatória, difusa, eviscerada.
O legado, a herança a se deixar
São amarras, cruéis demais
Para nós, soltar!