Pra dizer que não dá pra falar das flores
Como lembrar das flores nesse mundo cão?
Veja a conta de energia e os juros do cartão
Veja o preço da gasolina e a a política cretina
Só tem merda sobre merda nos cargos de cima
Analise seu financiamento da casa própria
O quanto se amortiza por mês de forma bem mórbida
Escute a altivez de um povo quando o time perde
E quando roubam seus direitos, ninguém se emputece
Um povo tão submisso num Brasil varonil
Só a máfia vai contra o estado de forma hostil
Mas bem forte e alinhada com os mandatários
É a máfia na câmara, assembleia e no senado
E os jovens se alienam num mundo a parte
Viram bobos de cara pintada nas telas da globo
Enfeitam telejornais e acreditam no engodo
De passar o país a limpo se tornando "fôrro"
Alforria desse povo, nem em esperança
Se votam no vereador até para deputado
Como esperar liberdade desse alienado?
Se o partido que ganha usa a mesma praxis
Só se troca as carapuças para o outro lado
Em frente as TVs e nas igrejas tudo dominado
Viva a sua vidinha brasileira, reclame do lado
Ou apele para Deus, mas bem conformado
Se precisar urgente do serviço de saúde
Se prepare para as dores das filas lotadas
Já não dá pra falar de flores sem uma mortalha
Elas só combinam amarelas lá na funerária
Na educação o serviço é no mesmo nível
De um puteiro vagabundo de beira de estrada
Mas de um povo submisso e conservador
Só se espera que mude para o mesmo opressor.
PG Alencar (27/11/2017)