Sopros de outono

As folhas mudam de tom,

vão perdendo o frescor

e são carregadas uma a uma

pelos ventos de outono,

para formarem então

um lindo tapete de cores...

O que antes pendia leve,

ao sabor de toda brisa,

agora descansa serena,

já é outra a sua sina:

sem movimentos, balanços...

Apenas o doce remanso,

apenas deixar-se pisar.

Servindo de apoio, aconchego,

pouco a pouco converte-se em essência

para gerar nova vida,

novas folhas que se embalam

em um balé compassado,

até que rajadas furtivas

levem-nas de volta ao chão

seguindo-se assim mais um ciclo

e nova transformação...

Rosiane Maria
Enviado por Rosiane Maria em 01/05/2018
Reeditado em 01/05/2018
Código do texto: T6324384
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