Carências

É preciso que escavemos,

até à honra que se esconde atrás da humilhação;

aos motivos que são motrizes de nossa atuação,

os vernizes nobres que camuflam anseio de pão,

e, ignorância fingida do que sabemos;

Os contornos belos que escondem o mau caráter,

as frações egoístas que separam à “Célula Máter”,

esvaziamento do “nada sei” dito por Almir Sáter,

tocando em frente, sendo estrada;

Os artifícios que dão um enganoso encanto ao feio,

cordas de manipular insatisfeito com o meio cheio,

dizendo internamente que carece até o outro meio,

apegado a tudo pra levar nada...

E os truques retóricos para aprisionar aos incautos,

fingir carências ostensivas com contêineres lautos,

e a justiça puta se dando, para os pagadores autos,

hibernando, nenhum clamor acorda;

As centelhas falsas de fazer o verdadeiro alvoroço,

mantras gastos que nos cansam com sabor insosso,

apartam do mel puro que dorme no fundo do poço,

do qual tememos até a borda...