O ateu arrependido

“ No princípio era o verbo...”

Mas eu aprendi a conjugar esse verbo...

Principalmente o verbo “duvidar”.

E como eu duvidei todo esse tempo. Duvido.

Por um bom tempo foi muito confortável.

Mas agora o verbo “ir” se tornou tão vazio. Triste.

Eu queria perguntar a Charles Darwin: Qual é a graça de se perder a graça?

A única coisa que eu ganhei foi um coração seco.

Eu agora estou sozinho com meu “conhecimento”!

Conheço a antropologia, a psicologia, a lógica, a razão, o iluminismo. Sei dos primórdios, do Zoroastrismo. E pra que isso???

Não há graça em perder a graça!

Eu queria um Deus!

Eu preciso me sentir importante como vocês se sentem. Amados profundamente.

Mas agora é muito tarde.

Não há volta para o caminho que eu escolhi.

Vou conviver para sempre com esse vazio que a dúvida me trouxe.

Ser ateu não é legal amigo.

Você não é importante, não é único, é só uma poeira no universo.

Triste né.

Obrigado Charles Darwin.

Paulo Carvalho
Enviado por Paulo Carvalho em 01/08/2018
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