Distopia da infância

Infância, mais um dia.

O menino me diz: “tia!”

“Estava ali, nada fazia.

Na praça, só existia.

Mal perguntado do que acontecia,

vi-me no chão, não entendia!

De joelhos, a mente vazia.

Algemas apertadas, o coração tremia!

Não ande aqui, ele me dizia!”

O objeto da tirania,

simplesmente obedecia.

Por que a infância não o protegia

daquela violência e hipocrisia?

Infância, mais um dia.

Chorei o choro da distopia.

Aru Lapolli
Enviado por Aru Lapolli em 30/10/2018
Código do texto: T6490535
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