Tenho sede!

O corpo já estava quase irreconhecível,

no alto ele estava naquela cruz,

mas o espírito continuava imbatível,

estava sofrendo muito nosso Jesus!

Ele, abaixa os olhos e ainda vê,

alguns olhares tão complacentes,

mas Jesus ainda consegue, antevê,

quantos ainda hoje estão indiferentes.

E continuando no calvário,ainda lhe deram fel,

o amargor não lhe corroia mais que a indiferença,

muitos que isentos de amor e não acreditam no céu,

onde o amor impera, não existindo a dor intensa.

Mas aqui na terra, o Deus que se fez homem sofria,

em dado momento seu lado humano, suplica:

“tenho sede” a vontade terrível, só água Ele queria,

e só o vinagre lhe foi dado, cumprindo a profecia!

E a súplica continua nos dias de hoje: tenho sede,

a profecia já foi realizada no nosso Salvador,

no auge desta era, os marginalizados ainda pedem,

existem muita fome, e muita sede, falta muito amor!...

Sim depois, muito depois de Cristo pregado na cruz,

e imaginar que ainda existem muitos em confusões,

quantos são algozes e se dizem seguidores de Jesus,

mas quantas brigas horríveis mesmo entre religiões.

Amai, amai e perdoai, o mestre sempre insistia,

assim o viver será possível neste mundo insensível

o círculo vicioso este terrível mal não proliferaria,

a vida continuaria numa convivência bem possível.

Cristãos, pelo menos todos os irmãos cristãos,

onde houver ódio, que bom se fosse levado o amor,

se fosse mesmo, amar incondicional todos os irmãos,

não dizes ser uma utopia só amar e não provocar a dor!

(depois de pronta e também publicada eu quis continuar)

Porque é um continuar, é um continuar,

o mundo absorve o mal, nada de amar,

imensidão de terras e os peregrinos a andar,

andarilhos sofridos não tendo onde ficar.

Nas estradas incertas estes infelizes caminham,

encontrando algum lugar abastado imploram,

precisam de pão e na negação eles choram!

Infelizes porque não são saciados nem na sede.