Intolerância

Intolerância

Marco Sartorato

Foi um dia de céu nublado,

A borrasca era intensa,

O sal espalhado,

Misturava o sabor vicioso do mar.

O sol, nesse dia não apareceu,

Nem notificou sua ausência.

Rude eram as ondas,

Via-se só espumas a flutuar.

Papas na língua,

Trouxe nos bicos os beija flores,

Que doce sugava o antídoto,

Remédio das víboras.

Mas, os brilhos dos olhos

Eram o Alimento ilusório das flores,

Das grandes massas de incertos.

Cobalto em poções íntimas.

Divino era o ser imaculado,

Dobrado da espinha dorsal

Morriam das pragas, ou queimados.

Porque era eu que fogo ateava.

Espalhando o medo do fim do mundo,

As dores banais

E dava-se glórias na Ira dos deuses.

Nas imagens pregadas.

Porque lá no céu não havia nuvens

E as penas eram dos anjos,

As asas eram dos pássaros.

E o que era de Deus, j

Jamais o homem tocará,

Nem os santos.

Nem daqui um milhão anos,

Nem pela evolução,

Ou com bálsamos,

Jamais chegaremos N'Ele,

Nem pelo tempo, nem pelo espaço,

Ou nas dimensões.

Alcançar a supremacia, soberania,

Inteligência e as as ações,

Tal coisa, é grande ousadia

E tal audácia, Ele não tolerará.