GRAVATA

GRAVATA

Não uso mais gravata,

por decisão minha, sensata.

Andei muitos anos,

no pescoço, como outros estereotipados,

tantos advogados.

Parecendo nas ruas como defuntos,

perdidos insepultos.

Agora, para renovar minha profissional carteira,

pedem uma foto com ela, que besteira!.

A dignidade do homem, não esta na aparência,

Freud, outra interpretação deu pela ciência.

Quantos políticos que a usam, fálicas gravatas,

precisam da tua viril segurança,

mas só fazem bravatas.

Resta a esperança que um dia,

seja abolida até da fotografia.

Pelo menos resta o consolo, é só por um dia.

Não! É muito,

a tirarei logo depois de imprimir aquele momento.

E direi com emoção,

não te quero nem no meu caixão.

( PS: vou criar uma ONG para os sem gravatas ).

Jorge Claudio Cabral

Jorge Claudio Cabral
Enviado por Jorge Claudio Cabral em 15/02/2020
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