GÁRGULAS
Vejo gárgulas
Sobre a catedral
Não se sabe o querem
De onde vieram
Se são bons, se são maus.
Me pergunto o por que
Nem todos se assustam?
Não é a cegueira
Que não nos deixa ver.
E nem a coragem
Que sobrepõe o medo.
Anestesiados estamos,
Distantes do agora
Esquecendo que só a morte é imortal.
Enclausurados ficamos,
Insensíveis ao outro
E cada vez mais próximos do final.