EM TEMPOS...

Em Tempos...

Em tempos que faltam abraços, obsoletos se tornam os braços.

Em tempos que faltam beijos, a boca seca, míngua, deixa de sentir o sabor do amor.

Em tempos que faltam paisagens a serem admiradas, os olhos murcham, se cansam da monotonia, se fecham, não querem mais ver.

Em tempos onde os parques se fecham, nossa alma torna-se um tanto quanto pequenina.

As longas caminhadas... As pernas já não fazem mais...

As mãos estão carentes de toques, suaves, ardentes, acariciantes... Envolventes.

O mundo se apequena em nosso pequeno ninho.

Passamos a entender que da forma como esta, sempre vamos faltar uns para os outros.

Pequenas peças de um quebra cabeça chamado mundo.

Em tempos de carinhos minguados, a gente míngua também e passa a sentir falta do amor... “do humor e das praças cheias de pessoas”...

E assim... nesses tempos de faltar, é chegada a hora de nos reconstruirmos e quando o tempo de faltar se ir... Podemos Voltar.

Que o voltar seja renovador, que cada peça, possa colar seus pedaços rasgados e que saiba se reconstruir para o novo porvir.

O tempo da falta de abraços, de longos beijos, da contemplação... O tempo do encantar-se esta por Renascer... Não desanime.

Tony Monteiro.

Tony Monteiro
Enviado por Tony Monteiro em 11/04/2020
Código do texto: T6914007
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