INSÔNIA

Um homem da capa preta, invade o meu quarto.

Sorrateiro , violento, rouba o meu rancho de paz.

Montado em meu cavalo Pegasus,

Sigo sem rumo e direção

por montanhas de pensamentos.

Em galope, vejo objetos maximizados

Também ouço cânticos de sereias, sentidos alterados

Mamando no peito de mãe Isaura, escrava da tranquilidade.

Um delírio, um deleite, fuga da realidade .

Sou instigado a matar Sócrates e Platão

Como um radical, contrário ao pensamento salutar.

O caos invade noite a dentro, uma confusão

Flashes culturais do além mar

No frio da madrugada

Me encontro nos becos românticos de Lisboa

Fito a dama de vermelho

Alimentando fantasias

Numa sala um espelho

Um reflexo orgânico

Da mais pura imersão.

Essa dama de vermelho, esse homem da capa preta, essas sereias de escamas

Não passam de fantasias oníricas

Que roubam mais uma noite de sono

Em troca de ilusão .

Amaury Júnior
Enviado por Amaury Júnior em 29/08/2021
Código do texto: T7331271
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