‘É difícil’

No décimo segundo andar do ano há uma mudança.

E porque não no primeiro, segundo ou quinto?

Há um arrastar de coisas, sentimentos; há dança.

Há uma esperança grudada no instinto.

No décimo segundo andar do ano há um rebuliço.

Onde a divisão do tempo é mais evidente.

Há um lavar roupa suja num quase cortiço.

Mas é que tudo depende quase só da gente.

No décimo segundo andar do ano há uma luz.

Que deveria ser vista no primeiro degrau da escada.

Talvez ficasse mais leve a nossa cruz.

No décimo segundo andar do ano há uma lição.

Há quem faz tarefas internas, limpa a sacada.

Há quem se estabaca por não usar elevador ou corrimão.

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 30/12/2021
Código do texto: T7418652
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