PEQUENO BARRO DE LAMA

 

Os anos se passaram como correnteza
De um rio,
Toda beleza se transformou em linhas
E rugas todos os dias,
Cansaço surge em volta das poucas
Resistências,
Pesam os pés e tropeçam na sua
Própria existência!

 

A mocidade sorriso despede ainda
Adulta,
A inocência desfaz em plena luz
Em câmara lenta,
Crescem os pelos pubianos e os desejos
Quando a voz fina modifica,
O sexo fala mais alto e as brincadeiras
Geram-se filhos!

 

Os olhos desviam dos convites e das
Aparências,
O corpo que alçava pelos ares
Procura o leito de uma cama mais
Ardente,
Esconde no andar a corrida de quem
Chegar primeiro,
Os beijos são os que dão mais lucro,
O abraço não faz parte do que almejo!

 

Não se preparam para quem ama,
Não existe raça, cor e religião nem
Ao menos roupa de luxo em meio
A fama,
A vida passa e com eles vão os anos,
Os anos passam e com eles vão á 
fama,
A fama passa quando a terra silencia
Um pequeno barro de lama!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 10/09/2022
Reeditado em 16/08/2023
Código do texto: T7602655
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