Radical
Nada de tormentos
a cada lembrança
a cada amanhecer
em cada letra
silabando ausências
gotejando carências
apalavrando sentires...
nada de veredictos
lavrando senões
fechando portas
abrindo os olhos
sorvendo verdades
antes mascaradas
ora (re)pensadas
jamais esquecidas
imersas em ilusões...
Nada de lamentos
o agora é o qu'importa
as mãos suam liberdade
o coração, esse,
bombeia coesões
e nas mãos do poeta
só palavras, enlaçadas
ambos, em réplicas,
enroscando-se
em poesia.