Lume

Esteja ciente do poder da alvura

A que se antecede mil esplendores

Ruminando-se no preço da usura

Ofertando sua alma ao mar de flores

 

Este será o lume cadavérico

Arrancado na escuridão da terra

Semelhante ao enxerto médico

Nova carne vem, e a outra se encerra

Nomeia-se a luz como recomeço

Nova estrada rumo à consciência

Passagem peremptória ao começo

A maravilha é a não permanência   

O futuro é um estalar módico

Preparando-nos ao inesperado 

Pensar nele torna-se ilógico 

Aguardemos o luzir desse fado

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 05/12/2023
Código do texto: T7947701
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