Pequenos Grãos, Grandes Colheitas

No berço da manhã, onde o orvalho beija a terra,

Um grão solitário repousa, promessa de vida encerra.

Menosprezado por olhos que não veem além,

Mas na simplicidade, esconde o seu bem.

Quem vê o grão e enxerga o pão,

Sabe que cada começo tem sua razão.

A gratidão no alvorecer, pequena chama a arder,

Multiplica as bênçãos, ensina a crescer.

Mas aquele que desdenha do início singelo,

Perde-se no caminho, torna-se passageiro do desespero.

Mesmo que a colheita venha a transbordar,

No vazio do coração, nada pode saciar.

Lembra-te, viajante, da sabedoria antiga,

Que nos pequenos inícios, a grandeza se abriga.

Cultiva a gratidão, como o lavrador ao seu campo,

E verás que no fim, o coração estará repleto, não amplo.

Porque quem menospreza o dom da semente,

Jamais compreenderá a alegria do fruto crescente.

Mas quem agradece e cuida com amor,

Colherá não só frutos, mas um espírito de valor.

Jonas Guedes
Enviado por Jonas Guedes em 06/03/2024
Código do texto: T8013740
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