Minha Borboleta (2ª parte)

Tão serena e bela assim a Borboleta voa,

Como um suspiro leve, um sonho em asa,

Levita sobre o silêncio que canta e ressoa

Pelos caules do vento, encontra o lar, a casa.

Tão serena e bela minha Borboleta pousa

Em pétalas de rosa, seu trono tão real,

Qual fogo de vidro, tal realeza desposa

A faísca do instante e eterniza o que é mortal.

Tão serena e bela minha Borboleta dança,

Pelas parcas pradarias verdejantes, em flor,

Como poesia que ao coração toca e alcança,

Em sua graça florida a qual cria um esplendor.

Tão sereno e belo, a Borboleta é este amor

Em cada pousar, em cada voo encantado;

Na alma que se evola além da alegria e da dor,

No refulgir e apagar do relâmpago trovejado.

Tão serena nestas asas divididas e coloridas

A Borboleta baila, tão linda, o jardim da vida;

E, neste bailar, orvalha esta beleza tão vívida

Que é a Esperança que brota desta doce partida.

A Borboleta brota de minha alma e bate as asas,

E beija flores e brisas, borboleteando sobre casas,

Bordando girassóis e arcos-íris em seu voo gracioso,

Brotando águas-vivas e jardins ao novo Éden frondoso.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 14/03/2024
Reeditado em 17/03/2024
Código do texto: T8019678
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