William James Sidds

William James Sidds

Como seria voltar no tempo?

Reparar meus pecados…

Ir, olhar com atenção e tentar

Reconstruir aqueles meus atos

Algo tão…sonhador…

Doutrinados e ensinados com rigor

E mesmo assim ainda podemos imaginar,

Como William James Sidds… não consigo evitar

Essa falsa paz…

É audaz, ineficaz ou melhor insatisfaz

Você vai atrás de tal voraz e verás,

Tudo aquilo que um dia foi capaz…

É anunciado no cartaz um ato pertinaz

Que sinceramente é fugaz e não vale nem um cabaz…

Você me olha e me pergunta

-aliás, o'que essas ideias nos trás?

Você me quer auferir como resposta

Sem consultar ou entender a proposta?

Como William James Sidds, aprendi a coexistir

Mas, também a me auto ferir… mas, não importa

A minha mente insiste em emitir…

Mas eu sempre opto pela contraproposta

Se até o maior dos potenciais morreu assim,

abandonado

Como um virgem… intocado…

Mas enfim…

"O maior uso de uma vida é usá-la com algo que perdura mais que ela"

Quem disse isso, morreu em uma cela…

Uma prisão cognitiva

Que eventualmente… o matou

Mas sinceramente, tantos anos se passaram, mas nada mudou.

Por que somos obrigados a temer a morte?

Nem Jesus lembra, eles dizem, fingindo serem fortes

Como o navio de Teseu, talvez no final não seja você, e também não serei eu…

Como diz Buarque:

"Amei daquela vez como se fosse à última",

Fui em direção ao meu destino…

Joguei minha sorte a lástima

E separei os homens dos meninos

Como Buscovski: "eu vejo o amor como uma névoa passageira"

Como Mineiro: "eu não consegui ser seu herói"

Como Verocai: "a derrocada foi inesperada"

Como Morais: cinco elegias…

Mas muito longe de Shakespeare

Seu maldito "116" e seu fervor.

Qual momento eu abandonei o amor?

Ah! Meu santo desassisado…

Às vezes, eu sinto que você me foi designado.

Estou cansado…

Sonhava em ser o Sindelar,

Estou exausto…

Meu caixão ornado, ser um símbolo,

Estou esgotado…

Minha vida dúbia me levou a lugares,

Estou descurado…

Fui néscio, fui precipitado

Consequência…

É uma palavra bela, mas maldita

Ao mesmo tempo ela nos julga e nos priva,

Sua vivência agora, é marcada pelo seu passado

Eu sou escravo dos meus atos

Tentativa dos meus feitos

E se eu soubesse?

No final assim serei eu?

Tentei chegar naquele apogeu

Voltar no tempo, talvez se eu pudesse.

Victor Hugo Ferreira Campos.

Victor Hugo Ferreira Campos
Enviado por Victor Hugo Ferreira Campos em 23/04/2024
Código do texto: T8048107
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