RIO, que te quero sempre Grande.

Rio, que te quero sempre Grande

Amélia Luz

A paz se aninha em teus campos

Nas horas de pernas finas

A correrem mansas nas batidas

Dos antigos carrilhões

Onde teus dias começam em festa

No brilhante azul do Sul

No canto do teu coração

Explodindo emoções...

O vento sopra frio e forte!

Para espantar a solidão

O poeta contempla as águas lacustres

Que levam e trazem esperanças...

O momento é de sublime enlevo

À sombra da videira com forte cheiro

De tinto uva a jorrar em jactância!

Um arco-íris brota brindando o horizonte

Entre ecos de poesia, sonhos e fantasia,

Imagens dos teus encantos

E recantos inesquecíveis...

Quero outra vez descansar no teu berço

Embriagar-me do teu entardecer

E adormecer para sempre

Nos laços dos teus braços!