Medo de que e de quem

 

Eu tenho medo de ser traído

De ser um homem esquecido

Eu não quero ser o primeiro

Nem tampouco o derradeiro

 

Eu tenho medo de ficar sozinho

De ser atropelado pela insanidade

D' um buquê de flores vir espinhos

Da decepção vir junto com a saudade

 

Eu tenho medo das faces desconfiadas

De ser largado dentro de um hospicio 

De faltar um cobertor numa madrugada

De ser jogado da beira de um precípício 

 

Eu tenho medo do silêncio da morte

De ir embora sem falar do meu amor

De ir embora sem o amuleto da sorte  

De ir embora sem curar a minha dor 

 

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