Quando,olho para mim

Quando,olho para mim

O que eu enxergo em mim mesmo

São máscaras do meu passado

São coisas que eu deveria ter feito e não fiz

Eu vejo-me inacabado

Quando,olho para mim

Quando,vejo-me diante do espelho

Não sei o que sou nem quem eu sou?

O que foi que até aqui me levou?

Eu vejo um ser incompleto

Em sua total incompletude

Eu espero ainda mais de mim atitude

Em meu verso

De poeta

No infinito do universo

Em minha vida discreta

Quando,olho para mim

Eu vejo-me e ao mesmo tempo,não me vejo

Eu tenho decifrar a incógnita de mim mesmo como pessoa

Esta equação insolucionável de minha existência

Que não é páreo para nem uma ciência

Quantos segredos cabem e ainda caberão em mim?

Quantos mistérios não decifrados,não desvendados em minha alma

E também em meu coração

Quando,olho para mim

Eu tento explicar,mas, às vezes,fico afônico

Eu perco a voz diante da imensidão do meu ser

Eu não sei como explicar o aspecto inefável de algumas de minhas obras poéticas

Qual será que é a razão de escrever?

Será que é para se manter nesta vida por mim vivida!

Neste mundo imundo

Que não sou Raimundo

Mas, cá,vivo eu neste mundo à fundo

Quando,olho para mim

Tento descobrir as incertezas

De minhas naturezas

E o que eu sempre descubro

Que cada vez mais que eu vivo

Torno-me em mim mesmo ainda mais cativo

E nada de nada,tenho certeza

Só sei que nada sei!

Literalmente

Para alguém que já tanto viveu

Que viveu tanto

E que teve tanto pranto

Vivendo diariamente

Que até me cansei

Meu Deus!

Quando,olho para mim

Só quero ter certeza

De uma coisa

Que assim que eu morrer

Eu quero parar de sofrer

E minha alma descansar nos braços seus.

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 19/05/2024
Código do texto: T8066396
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