Corpos
São dois corpos colados...
Imóveis, alados
São duas almas caladas...
Estátuas armadas
Podem ser, quem queiram
Abrem feridas que cheiram
A pele marcada,
Com fogo queimada.
Cada gesto formata
Uma dor que mata.
Um silêncio doentio,
Quanto olhar arredio.
Que espanta o contato
Desfaz cada ato.
São dois corpos
Colados,
Alados
Calados
Armados.
União cortada
Uma solidão que passa...
E para.