Noites absolutas

Perderam-se os sonhos

Quando deixaram de sê-lo;

Quando se quiseram concretos

E se desejaram reais.

Perdeu-se o encanto,

Quando levantou-se o véu

Que mascarava rostos,

Dourava idéias,

Alava seres

Mortais como eu.

Mais que o sonho perdido,

Que a fantasia não re-inventada,

Dói a lacuna agreste

Das noites absolutas,

Sem sombras,

Sem devaneios,

Sem estrelas.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 16/07/2008
Código do texto: T1083754
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