Procurado

Ando por ai sem saber por onde andar...

Tropeço nas palavras que eu deveria dizer, e meu silêncio

me observa bem de perto.

Sigo amedrontada,

pois por mais que eu veja rostos,

eu sigo sozinha.

Não importa as ruas por onde eu caminhe.

Não importa as placas nem suas direções.

Não importa o inverno esfriando minhas mãos...

Não importa que eu não me importe.

Não vejo portas.

Não vejo mais...

A solidão me acompanha do meu despertar ao sono...

Do sono ao despertar...

E traçamos juntas as linhas que descrevem o meu tédio e minha inércia.

Ontem estive desejando um grande amor...

Esperei por esse amor o dia todo.

Mas o amor não veio.

Procurei nos rostos que via enquanto fugia desta certeza tão minha...

Por vezes é difícil tentar encontrar o que se ama, onde sabemos que não está...

E por vezes, é um pouco mais difícil encontrar o que se ama sem saber onde você está...

Silvia Coutinho
Enviado por Silvia Coutinho em 05/08/2008
Reeditado em 08/08/2008
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