Solidão assassina

No amor, que nunca faz a sua chegada...

Sinto que vou morrer, nessa solidão mascarada

Bela lua, num quadro, moldada

Meu sorriso está embalsamado

Meu pranto, sepultado

Face alegre – mas o cansaço é demais pesado

Ó fuga!

Que me tira da gruta.

Ó fuga, que a morte – adia!

O conhecimento não tampa o buraco!

A lacuna da velha solidão.

O trabalho (as atividades) passa a ser a fuga...

Desse vazio, que nos enferruja!

Para a solidão que não é curta...

A vida é surda e muda, diante do cansaço...

Para a vida, sem um amor (sequer) acertado...

A morte – a única cura!