Coração solitário / Breu de amor sem par

CORAÇÃO SOLITÁRIO / CORAÇÃO SOLITÁRIO

(Da solidão igual à morte)

És uma emoção que, sorrateira,

Me penetra – um vulto - em meio à noite

Uma inquietação que, sem que queira

Traz a dor voraz d´um árduo açoite.

És mistério que mantenho aceso

Pois meu coração não te abandona.

Busco-te co’as mãos frias de medo,

Perco-te com emoção tamanha...

Que ao entardecer, saudade brota,

Feito hera, enredando um muro...

Sufocada, faço-me uma proposta:

Que te esquecerei um dia, eu juro.

Ao te recusar, me sinto forte

Mas, no breu sem par d´atroz cegueira

Queima em mim assaz igual fogueira

Esta solidão igual à morte.

(Djalma Silveira) (Andra Valladares)

(*) Obrigado, Andra pela honra.