Covarde...

Covardes contaram-me as asas, tiraram-me os sonhos

Como podes fazer isto comigo, estou sangrando sozinho

Entreguei-me de corpo e alma em versos e alvoroços

E o que fizestes, zombastes desse amor louco

Onde errei? E se errei, por que não perdoar...

Mas ei de levantar minha voz rouca e sem enxugar meu pranto

Tocarei a terra vazia e seca em um galope adoidado

E se me encontrares por ai, não, não me peças pra voltar

Porque fui a chama da vela que se apagou em um canto

O vento forte que não levantou a poeira do chão seco

Os lamentos de um romeiro em procissão

O amor esgotado de um santo

Porque a cada acoite de solidão, gritei teu nome

E não me respondias, mas cada noite gritei ainda menos

Ate que esgotei meu grito solto, PARE! me gritou um louco

Pois a vida e tríplice amor, tempo e solidão...