"Ruídos da solidão!"

Um dia pensei que ofereceu -me refúgio,
Sondava-me o coração maltratado,
E não permitiu meu "amor confuso"
Destinava-se a mim teu chamado,
E respondi à altura , desprendi meu lacre!

Juravas saber das tormentas lá fora,
E não mostrou vacilo na demora,
Até que tentei fugir, mas seu amor não deixava,
Era o que escutava... viera me acalmar o pranto!
E o tempo passou...acalmaste... mas o chamastes de volta!

Ouço agora os ruídos da solidão!
E me empresto a saudade sem poder lutar,
Não há como negar os pensamentos que você plantou,
Fico a sonhar com o mar de outrora ... como jamais pintei,
E restam páginas molhadas dos versos que tributei!

Ainda sinto as ondas leves reinando em minha praia,
Mas sei que doravante é poesia... quando puder a faço doce,
Sucumbir às palavras de amargura e desdenho... não!
Não hei de morrer enfeitiçada pois serei salva,
Clareia em mim um por do sol sob os olhos da redenção!


Drika Oliver
Enviado por Drika Oliver em 11/12/2008
Código do texto: T1329818
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.