GRITO

Na imensidão do infinito
meu grito é um eco perdido.
O som vaga solitário,
o vento leva sem norte.
 
Chega ser prece
da dor da saudade
que o tempo não apaga,
amargando sozinha a tristeza
 
que se perde na distância
do amor esquecido.
O suspiro renasce
como se o tempo voltasse
 
descortinando o horizonte
do desatinado.
O coração machucado
é um cenário dantesco.
(Graciela da Cunha)
 09/02/09