SOLIDÃO

Eu... apenas eu, nada mais...

Só, em meu canto

Sem dor ou espanto

Tenho a paz como amiga

O silêncio como cúmplice;

Ele me faz viajar

Sem qualquer medo

Pelo sagrado universo

Das palavras, dos sonhos

Construídos em forma de versos

Livre, sem amarras

Posso ser quem eu quiser

Ir onde quiser

Inventar o que quiser;

Minhas amigas, as letras

Tudo me permitem

Admitem, assistem...

Meus contínuos devaneios

Vão comigo, não me calam

Respeitam minhas pausas

Defendem minhas causas

Deixam que minha razão descanse

E minha imaginação me leve...

Até nunca mais

Ou apenas... até breve...