Carcaça
Diante da solidão em que me encontro
Acho vivos resquícios de memórias em mim.
Minhas feições rubras
Às marcas de teus suaves toques,
São tão distantes palpitações.
As marcas tuas deixadas para trás,
Deixando resquícios esquecidos em meu corpo.
Corpo este,tão marcado por sua constante presença;
Que tua partida levou consigo parte de meu viver
Sem tua presença;
Seu cheiro;
Ou teu belo sorriso;
Angustiada é parte de meu coração.
Parte que ainda reside nesta carcaça, que perambula pelos dias;
Procura memórias que tragam estas marcas a tona, e tornem rubras as feições e revivam as palpitações.
As marcas de um tempo vivido,
De um amor esquecido,
Jamais desaparecem de um corpo que mesmo vivo, decidiu morrer.