Antes...

Antigamente você me queria ver

Antes não me deixava dormir sem te visualizar

Mesmo que fosse por poucos segundos

Antes me sentia confortável com a sua vigilância

Seguro com a sua possessividade.

Hoje pareço não significar nada

Apenas mais um ser que chegou, entrou e foi despejado.

Hoje essa ausência me angustia

Deixa-me comedido na minha própria dor.

Já pareço não ser o centro dos seus olhos.

A ânsia me sobe a garganta, revira minha alma.

Deixa-me inquieto, inseguro, mortal.

Pareço o vento que sobrou e logo passou.

Pareço o sol que esquentou e agora foi encoberto pelas nuvens.

Pareço à chuva que regou o que antes era árido e depois cessou.

Pareço o mar que mesmo imenso senti-se solitário.

Sou a lágrima que envolveu seus olhos e logo foi enxugada.

Rogevanio Alves Santana
Enviado por Rogevanio Alves Santana em 17/11/2009
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