FELINA

1996

Quando nasceu, menina

Não sabia o que o destino

lhe reservava, não,

não sabia, Querubina...

Quando abriu os olhinhos

e chorou, para encher de ar

seus pulmõezinhos

não sabia, menina...

Um destino de todas as meninas,

destino de flor, que em semente

se transforma.

Destino de amor, menina...

Missão de transformar

o viço do botão de flor

em parto de dor,

um dia, pequenina...

Em renovar a cada geração

a nossa espécie,

que ás vezes transforma

em extinção, outras espécies.

Que triste sina...

O destino de amar

apesar da dor e

ás vezes até mesmo

na ausência do amor,

(que virou a esquina...)

E a deixou tomando conta

da prole toda,

triste e só!

flor pequenina...

Felina?

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 02/01/2010
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2007464
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