Imagine, Logo Pense


Esmero neurótico
Zelo antropológico,
Náusea existencial.
Soluços nas fendas do sono
A inequação da essência
Luz sobre oceanos mornos
Na orla desta vacuidade
De plurais da solidão.

A vitrina da certeza
Ou o fundo da ironia,
A face do oposto
Ou o espelho da inocência,
Encerra o meu ideal,
A minha “fé antropológica”
Diante do escárnio da tua
Lúdica sensação do amor,
Eu deito-me na areia fria
Da razão
Imagino...
Tão logo, penso
No simulacro da tua paixão,
Uma razão que imagina
O pensar sem solidão.
Só penso em você!
Só, em você penso!
Imagine a dimensão do meu erro
Em acreditar na fé
Do teu sonho?

Eu, símbolo
Interrogativo do nada,
Órfão sapiens de tua mãe
Que andava nua
Imaginando se a lua
Era amante do sol
Do teu sonho.

Estes sonhos
Ocultos entre véus
De não e sim
Dia e noite
Trevas
Penumbras
Grão de sonho
Grão de razão
Grão de imaginação.




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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 13/02/2010
Reeditado em 23/11/2018
Código do texto: T2085639
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