Casa desmanchada

Muitas noites sonhei com tua volta

teus olhos intensos e brilhantes

tuas mãos macias

olhando o fogo da lenha queimando na lareira

imaginava nossos corpos nus

envolvidos no edredon colorido na tapete da sala.

Tua barba rocando minha pele

desenhando círculos imaginários nos meus afetos.

Mas hoje vejo

é indiferente que digas sim ou não

os dentes esmigalham as palavras

não há consolo na queda

é indiferente.

Por isso se fecham as portas

as janelas

e se abre a ferida

da velha casa desabitada.

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 05/04/2010
Código do texto: T2179344