E quando ela chorar, ninguém mais vai saber

Era uma vez um amor, que como todos os amores

Parecia ser o ar que a mantinha vivendo.

E era uma vez um pulsar,

Que se consumia no som da tua voz

E que rasgava seu peito

Quando aqueles olhos te encontravam.

Havia também o silêncio,

Que nascia nos seus olhos tristes

E reluzia no meio da noite

Acendendo aquela solidão mortal.

No seu olhar se via uma dor,

Que ninguém era capaz de entender

E ela morria no silêncio

Levando a vida com mínimos pedaços

Daquilo que chamam coração.

Ela daria cada uma das suas lágrimas

Cada golfada de ar que respira

E cada um daqueles sorrisos falsos

Para que pelo menos por um dia

Surgisse alguém no seu caminho,

Alguém que olhasse dentro dos seus olhos afogados

E visse mais do que eles representam

Alguém que desse á ela um abraço sincero

Que fizesse congelar o tempo nos seus braços

E fazer sumir esses dias solitários que nao terminam.

Alguém que entendesse de verdade

O que existe dentro do seu coração

Sem que nenhuma palavra fosse dita.

O inesquecer está matando o sentimento

A distância está apagando o brilho que havia nos olhos

E a tua ausência de palavras queima como um fogo vivo

Dentro daquele peito que não quer mais viver.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 19/06/2010
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