PESADELO

Eu me vejo em meio às sombras,

e nelas repouso meu coração.

Me recosto, tento o descanso, me deixo desligar;

cerro meus olhos, e os miro em mim.

Trôpego, me sinto mover por entre sombras,

e com elas me encontro em áridos vazios.

Me largo, me deixo levar, mas me perco novamente;

encolho meu corpo, não me acho, e grito por mim.

Eu me guio pelas sombras,

e por elas me desoriento cada vez mais.

Me desespero, não quero ali me deixar;

tento enfim acordar, e em mim me salvar.

Apavorado, me liberto destas sombras,

e exausto, delas me forço a não querer lembrar.

Após despertar, sabendo que continuo a não ter seus lábios p'ra beijar;

percebo então, que por mais um dia, o maior dos meus pesadelos irá recomeçar.

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